Em um post que coloquei
no blog eu falei que existem verdades absolutas. Hoje irei mostrar como a
verdade pode ser conhecida, mostrarei que é impossível que todas as religiões
sejam verdadeiras, pois o oposto de verdadeiro é falso.
Nós já sabemos o que é a verdade, certo? Porém irei falar a definição: “Propriedade de estar conforme os fatos ou a realidade/ a fidelidade de uma representação em relação ao modelo ou original”. Se alguma coisa é verdade, ela é verdadeira para todas as pessoas, em todos os momentos, em todos os lugares.
- Como a verdade é conhecida?
Todas as vezes que
dizemos qualquer coisa estamos deixando implícito que conhecemos pelo menos
alguma verdade, porque qualquer posição ou qualquer assunto implica algum grau
de conhecimento. Mas como alguém pode conhecer a verdade? Qual o processo pelo
qual descobrimos a verdade sobre o mundo? Bom, o processo de descoberta começa
com as leis auto evidentes da lógica chamadas primeiros princípios. São
chamados de primeiros princípios porque não existe nada por trás deles.
Portanto, você não aprende esses primeiro princípios: simplesmente sabe que
existem.
Dois desses princípios
são a lei da não contradição e a lei da exclusão do meio-termo. A lei da não
contradição é basicamente assim: Se você fosse conversar com um casal (Casados)
e perguntasse para a mulher “Você está gravida?” ela disse “Sim” e o marido
disse “Não”, você saberia que os dois não poderiam estar certos, ou ela está ou
não está gravida. A lei da exclusão do meio-termo nos diz que uma coisa é ou
não é. Exemplo: Deus existe ou não existe. Jesus ressuscitou dos mortos ou não
ressuscitou. Não há uma terceira alternativa para cada uma dessas afirmações.
Esses primeiros
princípios são as ferramentas que usamos para descobrir todas as outras verdades.
Assim como nossos olhos devem estar presentes em nosso corpo para que possamos
ver, os primeiros princípios devem estar em nossa mente para que possamos
aprender alguma coisa.
Para entender melhor,
considere o seguinte argumento:
1. Todos os homens são
mortais.
2. Paulo é um homem.
3. Portanto, Paulo é mortal.
2. Paulo é um homem.
3. Portanto, Paulo é mortal.
As leis auto evidentes
da lógica nos dizem que a conclusão “Paulo é mortal” é uma conclusão válida.
Agora considere o seguinte argumento:
1. Todos os homens são
répteis de quatro patas.
2. Rodrigo é um homem.
3. Portanto, Rodrigo é um réptil de quatro patas.
2. Rodrigo é um homem.
3. Portanto, Rodrigo é um réptil de quatro patas.
No aspecto lógico, esse
argumento é válido, mas todos nós sabemos que ele não ele é verdadeiro. Um
argumento pode ser logicamente correto, mas ainda assim ser falso, porque as
premissas do argumento não correspondem à realidade.
Obtemos as informações
com base na observação do mundo ao nosso redor e, então, tiramos conclusões
gerais dessas observações. Ao observar alguma coisa repetidas vezes, você pode
concluir que algum princípio geral é verdadeiro. Esse método de chegar a
conclusões gerais a partir de observações específicas é chamado de indução. O
processo de disporem-se premissas em um argumento e chegar a uma conclusão
válida é chamado dedução. Mas o processo de descobrir se uma premissa em um
argumento é válida geralmente exige a indução.
A maioria das
conclusões baseadas na indução não pode ser considera 100% certa, mas apenas
altamente provável. Por exemplo: Você está absolutamente certo, tem 100% de
certeza, de que a gravidade faz todos os objetos caírem? Não, porque você não
observou todos os objetos caindo. Desse modo, se as conclusões indutivas não
são seguras, podemos confiar nelas? Sim, mas com graus variáveis de certeza.
(Existe uma importante exceção. Ela é chamada de “indução perfeita”, na qual
todos os particulares são conhecidos, como por exemplo: “Esse texto foi todo
escrito pela fonte “Times New Roman”, tenho absolutamente certeza disso”).
- É possível que todas as religiões sejam verdadeiras?
Estabelecemos que a
verdade possa ser conhecida. De fato, ela é inegável. Mas e daí? Todas as
religiões podem ser verdadeiras? A resposta é não. Vou explicar o motivo.
O fato é que as
religiões mundiais possuem mais crenças contraditórias do que complementares.
Elas discordam em quase todas as questões principais, incluindo a natureza de
Deus, a natureza do homem, pecado, salvação, céu, inferno e criação!
- Judeus, cristãos e
muçulmanos acreditam em diferentes versões de um Deus teísta, enquanto a
maioria dos hindus e dos adeptos da Nova Era acreditam que tudo o que existe é
parte de uma força impessoal e panteísta (Tudo e todos compõe um Deus
abrangente – O universo e Deus são um só) chamam de Deus.
- Muitos hindus
acreditam que o mal é uma total ilusão, enquanto cristãos, muçulmanos e judeus
acreditam que o mal é real.
- Os cristãos acreditam
que as pessoas são salvas pela graça, enquanto todas as outras religiões, se é
que acreditam em salvação, ensinam algum tipo de salvação por meio das boas
obras (a definição de “boa” e daquilo do que se é salvo varia grandemente).
- As religiões
politeístas acreditam que existam vários deuses (Mitologia Grega, Egípcia e etc.),
porém os Cristãos, Judeus e muçulmanos acreditam que só existe um Deus.
- Segundo o Alcorão a
Terra foi criada em Oito Dias, porém segundo a Bíblia ela foi criada em seis. Todos
nós sabemos que os dois não podem estar certos.
- Segundo o alcorão, os
Cristãos creem em “três deuses” – Pai, Mãe e Filho. Em contraste, o
Cristianismo sempre teve bem claro que a Trindade consiste do Pai, Filho e
Espírito Santo.
Essas são apenas
algumas das muitas diferenças essenciais. Já é a prova suficiente para refutar
a ideia de que todas as religiões ensinam basicamente as mesmas coisas.
- Verdade versus tolerância
Enquanto a maioria das
religiões tem algumas crenças que são verdadeiras, nem todas as crenças podem
ser verdadeiras porque elas são mutuamente excludentes, ou seja, ensinam coisas
opostas.
A tolerância hoje não
significa mais suportar alguma coisa que você acha falsa (Além do mais, você
não tolera coisas com as quais concorda). Hoje em dia, tolerância significa
aceitar que toda crença é verdadeira. As pessoas apenas “toleram” aqueles com
os quais já concordam o que, por definição, não é tolerância.
Os pluralistas afirmam
que não devemos questionar as crenças religiosas, algo que é derivado da falsa
proibição cultural em relação a fazer julgamentos. A proibição contra
julgamentos é falsa porque ela não satisfaz seu próprio padrão: “Você não deve
julgar” é, em si mesmo, um julgamento. As pessoas usam a Bíblia para dar base a
isso, em Mateus 7:1-5. Só que Jesus não proibiu um julgamento como esse, mas
sim o julgamento hipócrita. A questão não é se fazemos ou não julgamentos, mas
se fazemos ou não o julgamento correto.
Tenho uma pergunta para
os pluralistas: Vocês estão prontos para aceitar as crenças religiosas dos
terroristas muçulmanos, especialmente quando essas crenças dizem que todos os
não muçulmanos (incluindo os pluralistas) devem ser mortos? Estão prontos para
aceitar como verdadeiras as crenças religiosas daqueles que acreditam no
sacrifício de crianças ou na realização de outros atos hediondos? Espero que
não.
- De que maneira podem ser conhecidas as verdades sobre Deus?
A observação e a
indução ajudam a investigar a derradeira pergunta: “Deus existe?”. Nós usamos a
indução para investigar Deus da mesma maneira que usamos a indução para
investigar as outras coisas que não podemos ver, ou seja, observando seus
efeitos. Por exemplo: não podemos observar a gravidade diretamente; mas podemos
apenas observar os seus efeitos. Do mesmo modo não podemos observar a mente
humana diretamente, mas apenas os seus efeitos. Existem efeitos observáveis que
apontam para Deus? A resposta é sim, e o primeiro efeito é o próprio universo.
Bom, a verdade na
religião é importante. Se o Alcorão for verdadeiro, eu (cristão) estou em
dificuldades eternas, e se o cristianismo for verdadeiro, os muçulmanos e o
resto das pessoas que não acreditam estão em dificuldades eternas.
Nos próximos posts eu
irei colocar argumentos para a existência de Deus.
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